Pioneirismo no mercado imobiliário de Mossoró – Wilson Bezerra de Moura

Na vida sempre existe o pioneiro, quando não sabemos, tem que aparecer. É o carma da própria convivência em grupo dos povos quando em sociedade.

Portanto, na atividade profissional em Mossoró surgiu o primeiro comerciante no ramo de imobiliária, isto lá para o ano de 1852, com informes do jornalista escritor Lauro da Escóssia, na edição de O Mossoroense, março de 1881.

Joaquim Nogueira da Costa, natural de Aracati, nascido em 1815 aos 30 anos de idade veio para Mossoró, se estabeleceu no ramo de imobiliária e fez sucesso na vida comercial. Casou-se com uma mulher de família tradicional da cidade, Antônio Soares do Couto e Francis Rosa, originário dos Guilherme de Melo, cuja mulher de nome Idalina. Casou-se e constituíram família.

Sua atuação comercial em Mossoró foi de notável sucesso, tanto que figurou no memorial apresentado à Câmara Provincial para criação do Município de Mossoró. Na vida politica pertencia ao Partido Conservador do Vigário Antônio Joaquim Rodrigues, conseguindo se eleger suplente de vereador para a legislatura de 1861-1864.

Assumindo o mandato chegou a ser escolhido como vice-presidente da Câmara Municipal, quando esta era Província pelo tenente coronel Miguel Arcanjo Guilherme de Melo, abolicionista em Mossoró no ano de 1883, inclusive foi ele quem destinou parte de suas economias no fundo Emancipação.

Consta nos documentos escritos na história Mossoroense, ter sido Joaquim Nogueira da Costa comerciante bem sucedido, o dinheiro ganho foi investido na cidade, na construção de casas residenciais e comerciais na aquisição de áreas salineira, na Serra Vermelha em terrenos para pastagem de animais, enfim, ele foi um grande empreendedor que contribuiu para o engrandecimento da região.

Afinal de contas os aracatienses sempre vieram e foram bem recebido pelos Mossoroenses, edificaram na sua maioria patrimônio econômico de sustentável envergadura.

Na maioria desses deixaram seu marcos na história de Mossoró. Sebastião Vasconcelos dos Santos, enquanto Tabelião do primeiro Cartório escreveu um livro em três volumes na Coleção Mossoroense que tratava sobre Inventários Mossoroenses em parceria com a Universitária Nanci Wanderley onde demonstra o patrimônio construído por Joaquim Nogueira da Costa pós sua morte em 1889.

No registro histórico sobre os Nogueiras na formação politica, social e econômica em Mossoró consta ter sido esta família Nogueira bastante influente.