Partidos priorizam eleição de parlamentares

Sem ajuda de empresas privadas, candidatos na eleições deste ano os candidatos contam apenas com recursos próprios, de vaquinhas virtuais ou do Fundo Eleitoral.

Quase todos partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), num total de 35 optaram por privilegiar candidaturas a deputado federal na distribuição dos recursos públicos assegurados por meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que soma R$ 1,7 bilhão nas eleições deste ano.

A ampliação das bancadas na Câmara dos Deputados tem como objetivo assegurar o acesso a recursos de outro fundo, o Partidário, que em 2017 distribuiu R$ 665,7 milhões aos partidos.

Por conta da Emenda Constitucional 07, a partir de 2019, entrou em vigor a hamada cláusula de desempenho. Por ess regra, apenas partidos com, no mínimo, nove deputados eleitos ou 1,5% dos votos válidos para Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos nove estados, poderão receber recursos do Fundo Partidário. Com esse critério, 14 partidos deixam  de contar com uma fatia do fundo neste ano.

O MDB, que pelas regras atuais tem direito à maior fatia do fundo (R$ 230,9 milhões), já informou ao TSE que pretende destinar R$ 1,5 milhão para apoiar candidatos à Câmara que exerçam ou tenham exercido mandato nesta legislatura (2015-2019). A bancada atual da legenda conta com 51 deputados federais.

O  Partido dos Trabalhadores adotou o mesmo critério. Com direito a R$ 212,2 milhões – segunda maior parte –, o PT vai impulsionar candidaturas à Câmara, direcionando, pelo menos, 35% desse valor (quase R$ 75 milhões) a candidaturas ao cargo de deputado federal. O PT é hoje o partido com a maior bancada na Casa: 61 deputados.