Lupércio Luiz deixou saudades – Wilson Bezerra de Moura

Viajávamos de Natal para Mossoró, na tarde de sábado, dia 29 de julho de 2017, quando inesperadamente quebrou-se a animação da equipe que compunha o transporte alternativo, com um telefonema que o amigo Olismar Lima recebeu, quando era comunicada a morte de Lupércio Luiz de Azevedo, figura de nossa estima, aliás, da estima de toda Mossoró, onde ele nasceu, cresceu e viveu toda uma existência. Só muito depois passou a residir em Natal, por razões de ordem familiar, naturalmente educação dos filhos.

Mesmo vivendo em Natal, Lupércio não perdeu a ligação com os mossoroenses, especialmente com os desportistas, com quem sempre manteve estreita ligação como comentarista esportivo. Sempre presente na vida mossoroense, como político, quando integrou o quadro da municipalidade na Câmara de Vereadores exercendo o mandato de vereador no período de 1988 a 1991, ali deixando boas relações de amizade entre os parceiros. Mesmo de partidos adversários contava com a estima dos opositores pela sua maneira distinta de tratar bem as pessoas.

Nos segmentos da sociedade onde teve participação assídua na Universidade, nos clubes esportivos, Baraúnas, Potiguar, Ipiranga e Ferroviário, onde também participou, foi feliz em seu relacionamento com os colegas e, sem dúvida alguma, nas emissoras de rádio, jornais O Mossoroense e Gazeta do Oeste, onde deu sua contribuição como amante do esporte, levando sua mensagem calorosa como verdadeiro desportista, um profissional do esporte que em todos os momentos estava presente na movimentação dos clubes.

Melhor dizendo, Lupércio Luiz de Azevedo deixou suas pegadas não só no esporte, mas na sociedade mossoroense e norte-riograndense como um todo, que sempre o teve como verdadeiro e legitimo amigo em todas as horas em que se fizera presente aos pontos de maior aceitação popular, na politica, na Maçonaria, onde marcou época como membro da Loja Maçônica João da Escóssia, e, finalmente, no futebol, que foi em toda sua vida o principal esporte.

Se ele tivesse tido um momento para pensar antes da morte, pouco antes do enfarte, teria, com certeza, elevado sua lembrança não só a Fátima Duarte, sua esposa, aos filhos e muito especialmente aos mossoroenses, amantes do futebol, aonde chegou a dar os primeiros passos como desportista.

Se ele não teve o privilégio de se despedir de todos, nós elevamos nossos sentimentos de reconhecimento e gratidão a ele, que passou por esta terra de Santa Luzia e deixou suas pegadas do bem e da virtude por meio de suas ações. Que lhe seja reservado bom lugar no Oriente Eterno onde passou a residir, é tudo o que o podemos fazer em seu favor.