JOSÉ RODRIGUES DA COSTA – O FOTÓGRAFO – Wilson Bezerra

É a este que quero me reportar no momento, o fotógrafo que em todos os eventos e solenidades, especialmente quando o professor João Batista Cascudo Rodrigues estava em Mossoró, ele se fazia acompanhar do José Rodrigues. Não só era seu fotógrafo especial como servia para, em dados momentos, resolver, em nome do professor João Batista, alguns assuntos, até porque este morava e Brasília, representando, muitas vezes, o Governo do Estado.

Foi uma vida inteira como o Zé Rodrigues, o fotógrafo, levou sua vida entre os mossoroenses, também veio à lembrança os tempos em que trabalhávamos juntos na fábrica do velho e saudoso Vicente Gomes Bezerra, conhecido de toda Mossoró como Vicente Canuto, que tinha, onde hoje é a concessionária Terra Revenda de Veículos, uma fábrica de cadeiras.

Tempos mais antigos estes de Zé Rodrigues foram estes da fábrica, mas o que ficou bastante na lembrança do momento foram acontecimentos presentes. A Costa Branca como uma fonte do turismo na região mossoroense, areia-branquense, grossense, que me fez lembrar com todo afinco o Zé Rodrigues, que não só falava como investia na ideia e até apostava no sonho que um dia aquelas terras seriam reconhecidas como um grande ponto turístico. Chegou a comprar lotes de terras na região, movido por esse propósito. Aproximou-se do empresário João Sabino de Moura e do jornalista Rubens Coelho, que também apostava na mesma ideia sobre o futuro daquelas terras costeiras. Enfim, Zé Rodrigues fez uma revolução de tal forma que chegou a funda uma Cooperativa dos Trabalhadores no Turismo do Estado do Rio Grande do Norte, COOPTUR, um jornal com esse nome, que tudo viria desabafar seu sentimento em torno do entusiasmo turístico.

Morre o homem, mas não morre o ideal. Ele deixou a herança para os seguidores do mesmo propósito levarem adiante o ideal construído por muitos sonhos acordados. Sempre nos encontrávamos na rua. Ele parava puxava meu pelo braço e dizia com segurança:

– Homem, procure investir alguma coisa naquela região da Costa Branca, porque ali são terras do futuro.

Na brincadeira, eu dizia:

– Zé, meu dinheiro é pouco e só posso investir no claro, nada de escuro.

Assim é a história que sempre preservamos diante de fatos acontecidos numa determinada época da vida.