João Cabeludo e suas peripécias – Wilson Bezerra de Moura

Uma ação que venha trazer novidade se constitui um fato histórico e de notável interesse que chama a atenção da opinião pública. Encontramos um registro feito na edição de O Mossoroense de janeiro de 1982 no qual nos conta que pelo ano de 1946, em 15 de janeiro, ter  existido   uma figura na região  cujo nome verdadeiro era João Ramalho.

Aconteceu que era uma pessoa bastante sintomática na cidade, João Ramalho era apelidado por Cabeludo um sujeito tido como o beato José Lourenço influente nos grandes sertões nordestino que chegou a fundar na região cearense no lugar conhecido por Sitio Baixa Dantas uma comunidade religiosa, um doutrinador do Padre Cicero, fez dominar o principio das ideias do Caldeirão que tanto dominou a população nordestina pela força do beatismo religioso.

Egresso do reduto dominado pelo fanático José Lourenço embrenhou-se na mata foi se tornando um homem selvagem com caracteres primitivos aos poucos cometendo medo por conter formato diferente de ser humano civilizado, inclusive andava sem roupas em alguns momentos.

Certa vez chegou a ser preso pela policia e conduzido à cadeia de Apody, apresentava-se completamente despido com formato de individuo pré-histórico inteiramente despido por existir durante anos no mato convivendo apenas com os animais, depois conduzido para a cadeia de Pau dos Ferros.

O Cabeludo João Ramalho era natural do Sitio Varginha, onde  se matrimoniou construiu família, só que algum tempo depois resolveu conviver no mato tendo apenas como companheiro os animais e os pássaros. Foi quando se destinou a um retiro da vida em povoado para cumprir uma fase diferente da história.

O trajeto da vida de João Ramalho, O Cabeludo, ainda conhecido como o Tarzan, deixou evidencia que nada mais o motivou a não ter uma vida longe de qualquer civilização, uma experiência apenas de convivência com as pessoas e animais em plena liberdade de pensamento e ação, portanto usufruindo da verdadeira liberdade de movimentação sob  os destinos da natureza.

Qualquer que tenha sido a razão de viver do João Ramalho, o Caldeirão, ele construiu uma história, dela fez parte e estimulou-nos a novos conhecimentos sobre o comportamento do ser humano, no planeta terra.