Intenção de consumo das famílias cai de junho para julho

Nem as promoções estão animando os consumidores brasileiros a gastar. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 1,8% de junho para julho. Esta foi a maior queda desde junho de 2016, época em que o país vivenciava uma crise econômica grave.

O economista da CNC, Antônio Everton, conta que os consumidores estão insatisfeitos em relação ao nível de consumo há 42 meses e não há grandes perspectivas se a economia não voltar a crescer de forma sustentada. Com isto, as famílias reduziram a intenção de gastos em julho devido principalmente às condições de consumo e ao momento para a compra de duráveis.

“Chama atenção a intensidade da qual dois sub índices puxaram para baixo, ajudaram a derrubar o ICF (Intenção de Consumo das Famílias) que foram: perspectivas para o consumo, com – 3,9 e momento para duráveis, também com – 3,9. A gente olha o consumidor no curto prazo e vê um baixo otimismo, uma relativa desconfiança com relação as condições, as intenções de consumo.”

Além disso, outros motivos ajudaram para que esta queda fosse maior, como a oscilação de preços por conta da greve dos caminhoneiros e a falta de perspectivas de emprego. É o que explica o economista da CNC, Antônio Everton.

“A greve dos caminhoneiros provocou um baque na economia, produzindo prejuízos para os setores da atividade econômica, principalmente para a produção e o comércio. Então, na ponta, uns preços de produtos subiu bastante e mais o baixo crescimento econômico com uma baixa reativação do mercado de trabalho, a gente acredita que fazem com que os consumidores fiquem bastante cautelosos.”

O levantamento aponta também a percepção das famílias em relação ao nível de segurança no emprego, de junho para julho, que teve queda de 0,4%, mas em comparação com o ano passado, teve um aumento de 5%.