HRTM inicia o mês de maio sem ortopedistas devido a atraso nos pagamentos

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) começou o mês de maio sem o atendimento de ortopedistas por causa do débito de quase R$ 900 mil do Governo do Estado com a Clínica de Cirurgiões de Mossoró (CCM) e com a Sociedade de Ortopedia de Mossoró (SOM). Os pagamentos pelos serviços prestados na unidade não são realizados há três meses.

Outro problema que afeta os atendimentos na unidade são a falta de pediatras e neurologistas para completar as escalas.

O diretor do HRTM, o médico Jarbas Mariano, explica que o hospital possui apenas um neurologista, que presta plantões de sobreaviso. Porém, um único profissional não é capaz de fechar a escala de atendimentos. Já sobre o pagamento do débito com a CCM e com a SOM, ele afirma que aguarda liberação do pagamento pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Em nota, a Sesap declara que “a Coordenadoria de Orçamento e Finanças (COF) da pasta encaminhou solicitação e aguarda a liberação do recurso pela Secretaria De Estado do Planejamento (Seplan).

Superlotação do HRTM volta a suspender serviço do SAMU por reter as macas no hospital

Na manhã desta segunda-feira, 02 de maio, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) voltou a suspender o atendimento a ocorrências em Mossoró devido à falta de macas. Sem leitos disponíveis no HRTM, as equipes do Samu tiveram de os pacientes nas macas das ambulâncias no hospital, o que impede o socorro móvel.

“Infelizmente, ficamos sem poder atender à população porque as macas do Samu ficam retidas no Hospital Tarcísio Maia. Estamos com toda a equipe parada por isso. Sem as macas, as ambulâncias não podem atender a nenhuma ocorrência, pois não é seguro para os pacientes”, disse o diretor do Samu Mossoró, Giliano Carlos.

O diretor do Samu ressalta que o problema da superlotação é agravado pela falta de profissionais disponíveis no HRTM, pois, por exemplo, quando o Samu leva alguém com alguma fratura e não há ortopedista de plantão, o paciente tem de ficar esperando no hospital até que seja realizado procedimento, ocupando leitos e, quando não há mais vagas, macas das ambulâncias.