HISTORIADOR CÂMARA CASCUDO – Wilson Bezerra de Moura

Ninguém se atropela na caminhada da vida, sofre alguns empecilhos e dificuldades, às vezes nem sempre alcança o esperado, com persistência alcançará o objetivo.

As grandes figuras, além das traçadas dificuldades, ainda enfrentam o julgamento crítico do público quando verdadeiro papel deveria ser o apoio logístico no sentido de impulsioná-las a produzir.

Um historiador, pesquisador, folclorista de renome internacional, com produção incalculável de obras publicadas e levadas ao mercado cultural da sociedade humana, assim como Câmara Cascudo, decerto tem muito a ser observado, explorado na concepção pública. Seus ideais vão desde o leilão perceptivo até o julgamento popular.

O imortal folclorista Cascudo, por toda sua existência, foi alvo de estudiosa percepção dos admiradores da cultura. Um autor desconhecido que assinou a missiva como ”Um amante da província”, foi claro e taxativo na manifestação de sua admiração ao líder da cultura Câmara Cascudo, ao dizer que a saudade de tua elegância, do teu coração generoso, da tua humildade, da tua justiça, da tua inteligência, principalmente da tua presença marcante na terra que o escolheu por berço Natal, tudo enfim, e caracteriza como uma manifestação de contentamento.

Essa manifestação, que traduz uma honraria do missivista anônimo, foi expressa quando ele completava aniversário biológico, julgando com sentimento que o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, o determinou na Rua Senador José Bonifácio, antes chamada Rua das Virgens, em Natal, Rio Grande do Norte, para grandeza de todos patrícios.

És filho mais ilustre da terra potiguar, sua passagem honrosa nessa terra deixou para toda a eternidade uma mensagem honrosa, onde o Memorial portador de seus pertences literários, culturais e artísticos bem ornamentam sua existência, que ficará marcada na história não só do Rio Grande do Norte, mas de todo território nacional.

Sabiamente o missivista disse que o nome Câmara Cascudo, na gramática portuguesa não será jamais julgado no passado, mas o verbo sempre receberá o julgamento no presente, não só pelos conhecidos, mas por todos que habitam todo Universo.