Guerra musical – A disputa entre Charanga e Fênix – Wilson Bezerra de Moura

O combate diuturnamente entre as pessoas leva a criar um tipo de competição que denigre a imagem dos ditos cujos, primeiro gera entre estes, o sentimento de inveja, um dos pecados capitais catalogados nos primeiros ensinamentos e mandamentos de Jesus Cristo quando do alto do Sinai o Profeta Moises os ditou em nome de Deus.

Revendo a história de Mossoró contada pelo jornalista escritor Lauro da Escóssia constata-se que esta cidade de Santa Luzia possuía excelentes organizações musicais predominando sempre duas bandas de músicas, a Charanga e a Fênix, isto pelo ano de 1908, cada uma dessas bandas primadas por diretoria de pessoas da política e do comercio sem dúvida de representatividade, influencia social e econômica.

Só que eram rivais cada qual querendo ser mais do que o outro o que naturalmente esse tipo de competição leva a não prosperidade qualquer que seja a natureza do fato.

Pois bem quando uma banda queria apesentar novidade musical, ia para outra região isolada da cidade para ensaiar, enquanto a outra banda procurava todos os meios para descobrir a novidade e, um dia antes da apresentação fazia um desfile pela cidade com a música ensaiada pela sua competidora.

Era um alvoroço, os revoltados tornavam-se rivais e verdadeiros insurgentes. Alpiniano de Albuquerque e o mestre Canuto Bezerra dois destacáveis musicista primavam nos ensaios de seus figurantes, bem assim na elaboração de repertório, cada qual querendo melhor se apresentar, era a vez de dizer que a cidade era quem ganhava com essa contenda.

Certa feita no ano de 1910 partes dos mossoroenses foram à beira do Rio Mossoró, esperar a água vinda de certo povoado provocados pelas chuvas.

Só que terminou em quebra-quebra. Chico Gurgel, filho do Coronel Gurgel, quebrou sua clarinete na cabeça de João Marcelino seu rival.

Oscar Amaral deu uma trombeteada noutro companheiro antagonista, formou-se um tumulto que terminou com a interferência da policia e de populares para apartar a briga. A musica que alegra foi a mesma que entristeceu por falta de controle de seus membros.