Governo Federal enviará 1.200 homens das Forças Armadas para o RN devido à onde de ataques

O Governo Federal autorizou o envio de 1.000 homens do Exército e 200 fuzileiros da Marinha para Rio Grande do Norte a fim de ajudar as polícias locais a garantir a segurança da população. O reforço na segurança será enviado em razão dos ataques de criminosos a ônibus, veículo oficiais e prédios públicos em retaliação à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).

A autorização foi assinada por volta das 18h do domingo, 31 de julho, atendendo ao pedido feito pelo governador Robinson Faria.

Desde sexta-feira, 29 de julho, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesed) já registou 65 ataques em 21 cidades do RN, sendo 35 incêndios, 26 veículos incendiados (incluindo ônibus e micro-ônibus), 17 atentados com fogo, três ataques envolvendo artefatos explosivos, três depredações e seis disparos contra prédios públicos. Até a manhã desta segunda-feira, 1º de agosto, 61 pessoas suspeitas de participar dos ataques foram presas.

Por causa dos ataques, a cidade de Natal ficou por 24 horas sem transporte coletivo e sem recolhimento de lixo, após veículos serem incendiados pelos bandidos. Nesta segunda-feira, 1º de agosto, o transporte coletivo voltou a circular na capital, mas com frota reduzida e com escolta policial.

Na sexta-feira, quando os ataques começaram, Robinson Faria determinou que a “força policial aja fortemente para conter possíveis atos violentos de facções ou grupos criminosos”. O governador também determinou a criação de um Gabinete de Gestão Integrada, com todos os órgãos ligados à segurança pública, para monitorar as ações policiais em tempo real.

“Os casos que estamos vendo nas ruas são uma resposta dos bandidos porque instalamos, como medida preventiva, o bloqueador de celular no presídio de Parnamirim, para evitar que os apenados continuem emitindo ordens de dentro das unidades prisionais e crimes continuem sendo praticados aqui fora. Não vamos recuar. Vamos mostrar que o estado não está emparedado. Dei liberdade para a polícia trabalhar para defender o cidadão”, disse o governador.