Francinaldo Rafael – O problema da corrupção

Uma pesquisa rápida nos dicionários e encontraremos como sinônimo de corrupção, ato ou efeito de corromper e se corromper, adulteração, suborno, degradação moral.

A problemática é a que mais tem sido destaque na mídia, especialmente envolvendo a máquina pública. Mas engana-se quem pensa estar a corrupção apenas entre os envolvidos nesses poderes. Lamentavelmente se alastra em todos os segmentos da sociedade, ao ponto de provocar uma espécie de cegueira nos indivíduos que se embrenham nela sem se dar conta.

Vejamos algumas situações: adulteração do imposto de renda, burlar o fisco não pedindo ou emitindo nota fiscal, falsificar produtos ou adquirir falsificações como carteira de estudante, subornar o guarda, compra e venda de aprovação em concursos, em carteira de habilitação, enrolar no trabalho para ganhar hora extra, falsa gravidez ou criança maior de cinco anos no braço para furar a fila, não devolver o troco recebido a mais, gato na tv a cabo, na eletricidade, na rede de água, pegar um atestado médico falso, o famigerado jeitinho brasileiro, etc.

Pois é, algumas tão simples que podem até não figurar como ilegais, mas são posturas  antiéticas. Não é porque todo mundo faz que também vamos seguir pelo mesmo caminho. Afinal de contas nossa personalidade é individual ou coletiva?

A criatura humana carrega no seu íntimo tendências de existências passadas. Quando não encontram a vigilância e os mecanismos educadores da disciplina e correção, podem transformar-se em hábitos prejudiciais.

Conforme assegura o Espírito Joanna de Ângelis (psicografia do médium espírita Divaldo Franco) “encontrando-se insípitas no Espírito as tendências, compete à educação a tarefa de desenvolver as que se apresentam positivas, e corrigir as inclinações que induzem à queda moral, à repetição dos erros e das manifestações mais vis, que as conquistas da razão ensinam a superar”. Adverte-nos a Benfeitora que esse processo educativo deve começar de dentro para fora e não somente nos comportamentos da moral social, da aparência.

Faz-se necessário, portanto, que examinemos detidamente nossas atitudes diante de situações com as quais possamos nos deparar. Cada um fazendo a parte que lhe cabe procedendo com honestidade, integridade, a corrupção aos poucos vai tendo seu curso detido. E partiremos desta vivência de consciência tranquila. Recordemos a anotação do Evangelista João (5:29): “E os que fizerem o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que fizerem o mal, para a ressurreição da condenação”. Examinando-a sob a tese reencarnacionista, identificaremos o renascimento do Espírito para a luz da alegria ou para a aflição reeducativa de que necessita.