Fábrica de cimento custeia abastecimento de comunidade rural em Baraúna

Com o período de estiagem prolongada, muitas pessoas enfrentam dificuldades para ter acesso à água potável. Na comunidade rural Velame II, em Baraúna, o problema tem sido minimizado por meio de uma iniciativa da Fábrica de Cimento Mizu. A empresa possui dois poços profundos e vem custeando o aluguel de um carro-pipa que abastece a comunidade em um sistema de revezamento.

“Antes, a gente usava água de um poço na comunidade, mas, devido o inverno ter sido pouco, o poço não tomou água”, conta Antônia Aparecida Ricarte, que mora com o marido e quatro filhos no Conjunto Nova Esperança, na comunidade Velame II.

De acordo com Aparecida, os moradores também recebem orientação para economizar a água e, dessa forma, conseguem se manter até que o carro abasteça as cisternas novamente.

O presidente do Conselho Comunitário do Velame, Raimundo Gonçalves de Mesquita, que acompanha esse processo e mapeia os reservatórios abastecidos, realizou um levantamento. Segundo ele, entre grandes cisternas e pequenos reservatórios a unidade fabril abastece 86 pontos, oferecendo apoio a 142 famílias, através do fornecimento de pipas de água.

Raimundo Mesquita informa que a ação permite contemplar 100% da comunidade Velame II e cerca de 10% da comunidade Velame I.

De acordo com o presidente do Conselho Comunitário, há quatro anos a Mizu vem possibilitando este abastecimento. “Um compromisso muito sério com a comunidade”, destaca. Ele acredita que se não fosse isso muitas famílias já teriam deixado essa área rural.

“A Mizu é muito importante para a gente, porque além de dar casa para a gente morar, deu poço, deu tijolos, telhas”, comenta Antônia Aparecida Ricarte, uma das contempladas com a doação de casas de alvenaria, através da organização.

Em 2011, a fábrica construiu o Conjunto Habitacional Nova Esperança, composto por 22 casas e dotado de toda infraestrutura no Velame II. Essas residências foram doadas às famílias que até novembro de 2011 viviam em casas de taipa na área mais próxima à fábrica.

Após a entrega das chaves, as casas de taipa foram derrubadas. Junto com as residências de alvenaria, as famílias receberam tijolos e telhas para que, caso decidissem expandir as novas moradias pudessem manter o padrão do imóvel.