Exportações potiguares cresceram acima de 13% no quadrimestre

O Rio Grande do Norte apresentou um bom desempenho no comércio internacional nos quatro primeiros meses do ano. As exportações potiguares atingiram um volume comercializado da ordem de US$ 81,7 milhões no primeiro quadrimestre, o que representa um crescimento de 12,8% no comparativo com o mesmo intervalo de 2015. As importações, no entanto, não tiveram o mesmo desempenho e caíram 16,9 % em relação ao primeiro quadrimestre do ano anterior ao comercializar US$ 41,9 milhões.

Com isso, o saldo da balança comercial potiguar encerrou o quadrimestre com um superávit de US$ 32,6 milhões, uma expansão superior a 141% em relação a igual intervalo do ano passado. Os produtos que mais influenciaram positivamente a balança nesse período devido às exportações foram o sal marinho (US$ 13,6 milhões), os melões frescos (US$ 13,4 milhões), as castanhas de caju (US$ 8,1 milhões) e mamões (US$ 4 milhões). Por outro lado, entre os produtos que o Rio Grande do Norte mais importou estão trigo e misturas de trigo – (US$ 21,8 milhões), polietileno (US$ 2 milhões), coque de petróleo não calcinado (US$ 1,8 milhão) e policloreto de vinila (US$ 1,5 milhão).

Os dados da balança comercial constam na décima segunda edição do Observatório dos Pequenos Negócios, uma síntese conjuntural elaborada mensalmente pelo Sebrae no Rio Grande do Norte. O material completo está disponível no Portal do Sebrae (www.rn.sebrae.com.br) na seção ‘Boletim Econômico para MPE’s’.

Observatório dos Pequenos Negócios também acompanhou a evolução da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado e constatou que, no primeiro quadrimestre de 2016, a arrecadação desse tributo, que é uma das maiores fontes de receita do Rio Grande do Norte, alcançou R$ 1,7 milhão, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2015, o menor crescimento da série iniciada no primeiro quadrimestre de 2012, cujo maior crescimento aconteceu entre 2013 e 2014 (nos primeiros quadrimestres). Entre o início e o final da série o crescimento nominal foi de 38,2%, enquanto o índice de inflação, nesse período, foi de 35,8% (calculado pelo INPC).

Evolução da balança comercial do Rio Grande do Norte.

Emprego

Como a proposta do estudo é condensar os principais indicadores e informações da economia potiguar, a publicação também analisa o comportamento dos empregos formais no estado. E, no quadrimestre em questão, o Rio Grande do Norte registrou a maior queda no saldo de emprego dos últimos cinco anos. Foram perdidos 12.662 postos de trabalho com carteira assinada neste ano, mais que o dobro (124,1%) das vagas encerradas no mesmo quadrimestre de 2015.

O primeiro quadrimestre dos anos de 2013 e 2015  também teve números negativos no tocante à geração de empregos no quinquênio analisado pelo Sebrae. Todas as atividades econômicas registraram saldos negativos, concentrados em: agropecuária, indústria de transformação, comércio e construção civil, com quedas de 3.649, 2.931, 2.842 e 2.126, respectivamente.

Nacionalmente, as micro e pequenas empresas tiveram, no mês de abril, um saldo negativo de geração de empregos de 10,5 mil vagas. Esse número é aproximadamente quatro vezes menor do que o registrado no mês de março, quando os pequenos negócios apresentaram um saldo negativo de 46,9 mil vagas.

Quando comparado com as empresas de médio e grande porte, a diferença é de mais de cinco vezes. Nas empresas maiores, o saldo de empregos, em abril, ficou negativo em 54,6 mil. As informações constam no estudo mensal que o Sebrae elabora com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Entre as empresas de pequeno porte, as que atuam nos setores de Serviços e Agropecuária foram as únicas que apresentaram um saldo positivo de quase 20 mil postos de trabalho, cada uma gerando, respectivamente, 15,3 mil e 4,6 mil novas vagas.

Fonte: Sebrae/RN.