Exportação de frutas mossoroenses cresce 13% em um ano

O setor de fruticultura irrigada em Mossoró encerrou o ano de 2015 com um balanço positivo de produção e lucratividade devido ao aumento de 13% no volume de exportações. Segundo o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex), Luiz Roberto Barcelos, outro fator favorável para a produção Mossoroense foi o aumento no valor do dólar frente ao real, o que aumentou a lucratividade do setor, passando de R$ 85 milhões comercializados com o exterior no ano de 2015 para R$ 95milhões no ano passado.

“Exportamos 250 mil toneladas de melão para a Europa em 2015, onde os principais países compradores são Espanha e Holanda. Há alguns anos, estamos trabalhando também para ampliar nosso mercado para os Estados Unidos e a China. Queremos expandir nossas atividades e aumentar a geração de empregos”, conta Luiz Roberto Barcelos.

O presidente do Coex ressalta que a busca por entrar nos mercados norte-americano e chinês não significa o abandono ou desaceleração do tradicional mercado europeu, que, pelo contrário, tem aumentado a demanda pela fruta Mossoroense.

Na próxima semana, dois técnicos do Ministério da Cultura Chinês inspecionarão o processo produtivo de melão e melancia na região de Mossoró e levarão a avaliação ao governo da China.

“Acertamos o apoio para trazer dois técnicos do Ministério da Cultura Chinês, que estão vindo a Mossoró no final do mês de janeiro. A intenção é abrir esse mercado. A partir disso, teremos condições de dobrar a nossa produção e também duplicar o número de empregos gerados em Mossoró”, reforça Luiz Roberto Barcelos.

Caso a China abra as portas para as frutas mossoroenses, os produtores poderão não só aumentar o volume de produção e comercialização, mas também terão a qualidade do melão e melancia produzidos na região atestada, pois o mercado chinês é muito exigente.

Maior qualidade e variedade são vantagens do melão potiguar

Por sua vez, o mercado norte-americano importa US$ 478 milhões anuais em melões, principalmente do México, Guatemala, Costa Rica e Honduras. Os EUA tem ainda um potencial de compra estimado em US$ 130 milhões para o melão brasileiro e os produtores potiguares e cearenses possuem maior variedade de melões, como o tipo amarelo, dificilmente encontrado no mercado internacional.

Outras vantagens apontadas no melão Mossoroense são a maior qualidade tanto da fruta quanto das embalagens, bem como a rastreabilidade de procedência, pois as frutas exportadas do RN para a Europa são enviadas com o código de barras identificando a origem do produto e no mesmo padrão dos códigos de barras usados nos supermercados europeus.

Segundo informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás somente da China e da Índia. O polo fruticultor formado pelos municípios de Mossoró e Assu se destaca por ser responsável por 90% da produção de melão no país, cultura que gera milhares de empregos diretos e indiretos na região.