Energias renováveis, uma solução para o semiárido nordestino

Segundo o IBGE, a região Nordeste do Brasil concentra a maior parte das pessoas abaixo da linha de extrema pobreza – 9,61 milhões ou 59,1%. Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo, enquanto 43,6% estão em áreas urbanas. A região Sudeste tem 2,72 milhões de brasileiros em situação de miséria seguido pelo Norte, com 2.63 milhões, pelo Sul (715,96 mil) e o Centro Oeste (557,44 mil). O contingente de brasileiros que vive em condições de extrema pobreza, 4,8 milhões tem renda nominal mensal domiciliar igual à zero, e 11, 43 milhões possuem renda de R$ 1 a R$ 70, pra esse tecido social, se faz necessário à adoção de políticas públicas, que garanta a transferência de renda, acesso a serviços públicos (saúde e educação), e inclusão produtiva, resgatando esses brasileiros da miséria.

Muitos sertanejos migram para os principais centros urbanos, fugindo da seca, miséria e falta de perspectiva do sertão.

As políticas públicas destinadas a mitigar os efeitos da seca e os desníveis de exclusão social no Nordeste devem priorizar, de imediato, mudanças nos padrões de acesso aos serviços essenciais e aos ativos produtivos proporcionando a população campesina uma vida com maior dignidade. Nessa perspectiva, com ações estruturantes e duradouras, como a exploração de poços artesianos ou profundos, potencial dos recursos hídricos, instalação de dessalinizadores, etc.

Ainda existem alternativas que baseadas em nações em que foram aplicadas, como Alemanha e Portugal (países que visitamos em missão oficial da Frente Parlamentar das Energias Renováveis da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para conhecer a realidade e trazer aplicações para nosso estado nordestino) geraram benefícios enormes para a economia local. É o caso da produção de energias renováveis.

O Nordeste brasileiro é detentor de um clima propício à produção de energia solar e possuidor dos melhores ventos do continente sul-americano para gerar energia eólica. Na área do Semiárido nordestino há sol durante todo o ano e isso pouco é aproveitado. Com o acesso a tecnologias para gerar energia, através de linhas de crédito criadas pelo Governo, o Semiárido brasileiro pode se desenvolver. Se o sertanejo não pode plantar pela escassez de água, ele pode ter sua própria usina geradora de energia, tanto solar quanto eólica, e vender a energia produzida para o Estado, assim como acontece em outros lugares do mundo. É claro que essa discussão precisa ser realizada e já há profissionais engajados nisso. O Nordeste precisa de uma solução imediata para conviver com essa situação e a produção de energias renováveis utilizando os potenciais naturais da região é uma saída que precisa ser construída, diante das secas constantes. Esse tema é novo, muito amplo e é preciso ser debatido o quanto antes, pois muitos estão à mercê no nosso sertão há gerações e é preciso um basta nessa situação de miséria.

George Soares
Deputado Estadual

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