E 2018, hein?

A avassaladora crise política, provocada principalmente pela Operação Lava-Jato, e a pior crise econômica em muitas décadas têm provocado um fenômeno extremamente negativo para a classe política e um risco muito grande para o futuro do País, diante das incertezas sobre o que poderá acontecer no Brasil nos próximos anos.

No cenário local também temos muitas incertezas. O governador, natural candidato à reeleição, enfrenta dificuldades tremendas, sendo o único Estado do nordeste onde os salários dos servidores estão atrasados, situação que tende à piorar com a pressão de diversos setores do Governo pressionando por pagamento adiantado aos demais servidores, como aconteceu com a segurança.

No plano nacional, lidera todas as pesquisas o ex-presidente Lula, que representa a esquerda, e em segundo o controverso deputado, militar da reserva, Jair Bolsonaro, representando a extrema direita, que defende constantemente a ditadura militar e chegou a dizer que filho seu não casaria com negras, mas tem grande inserção no público jovem das classes A, B e C.

Há ainda os outsiders, aqueles nomes que não são políticos tradicionais e que desejam chegar ao topo da política brasileira. João Dória, que antes de 2016 fazia sucesso com comunicação, chegou à prefeitura da maior cidade do Brasil com o apoio de Geraldo Alckmin. Surge agora o nome do apresentador Luciano Huck, que já conversou, entre outros, com o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa.

Por outro lado, há ainda nomes já conhecidos do eleitor brasileiro como o cearense Ciro Gomes, a acreana Marina Silva ou do governador de São Paulo Geraldo Alckmin. No meio do caminho, decisões judiciais que podem atrapalhar alguns planos e provocar o surgimento de novos nomes na disputa.

No Rio Grande do Norte temos liderando as pesquisas a senadora Fátima Bezerra, que pega carona na popularidade do presidente Lula no Nordeste e que até agora não apresentou nenhuma aliança; prefeito de Natal Carlos Eduardo, com boa avaliação e liderando pesquisas na Grande Natal, mas sem uma maior inserção no interior; e o governador Robinson Faria, desaprovado maciçamente pelo eleitor potiguar. Por fora, até aqui, o desembargador Cláudio Santos.

Próximo ano teremos também as eleições para Senado, Câmara dos Deputados e assembléias legislativas. A bancada federal do RN enfrenta um desgaste enorme e alguns de seus deputados e senadores podem ter sérias dificuldades em seus planos de reeleição. Tem novos nomes querendo chegar lá, mas também há nomes experientes sonhando voltar.

As eleições do próximo ano serão tumultuadas ainda pelo clima belicoso que toma conta das redes sociais. As famosas fake news (notícias falsas) veiculadas irresponsavelmente em alguns casos e criminosamente em outros darão trabalho às equipes de comunicação.

Tudo isso gera incerteza e isso tende a atrapalhar o discernimento do eleitor na hora da escolha.