DUODÉCIMO ROSADO, UM HOMEM AMÁVEL – Wilson Bezerra de Moura

A velha tradição histórica do popularismo habitual de um povo nos serve para centrar seu raciocínio. Dizer que de grão em grão a galinha enche o papo é pura verdade.

Quanto à história, qualquer acontecimento é firmado ao juntarmos os fatos em dossiê e os concatenarmos de forma a esclarecer os acontecimentos. Tal assim que aproveitamos a Ata Diurna do sábio mestre Câmara Cascuda quando se reporta a um opúsculo escrito pelo professor Vingt-un Rosado intitulado DOIS IRMÃOS, que se reporta ao prefeito Dix-sept e Duodécimo Rosado, ambos estimados irmãos, cada qual com sua parcela de contribuição à sociedade a que pertenciam.

Pois bem, centramos o escrito do mestre Vingt-un ao se reportar com mais detalhes ao irmão Laurentino Duodécimo Rosado Maia, por ter sido este um defensor das justas causas, homem simples, amigo, leal, aceito pela comunidade como limpo e puro, um defensor dos pobres e necessitados, escuso de qualquer causa social, permanecendo perto dos mais humildes.

A luta em defesa da água em Mossoró é uma herança de seu pai Jerônimo Rosado e foi também mérito seu. Claro, teve a herança de seu genitor, juntou-se aos irmãos, em especial Vingt-un Rosado, para defender a todo custo a água em terra de Santa Luzia, por ter sempre sido esta muito escassa, ou quase nada, até atingir a perfuração de pequenas poços e construção de chafarizes.

Estatura mediana, gordo, amável com as pessoas, o que o tornaria simpático a todos. Sua casa era conhecida não só como uma embaixada, mas especialmente como delegacia, onde todos na pior da miséria a ele recorria em busca de socorro.

A cidade de Mossoró foi reconhecidamente justa ao colocar em uma de suas ruas o nome de Duodécimo, embora seus feitos sejam inúmeros, carentes de mais lembranças, mas, com certeza, pela bondade que foi em vida, se ele tiver a capacidade ver de onde estiver, haverá de agradecer, justamente pela bondade de que foi possuidor.

Duodécimo Rosado conviveu por alguns anos em Natal. Sua farmácia não foi um simples comércio de venda de medicamentos, valeu muito mais para atender aos necessitados, dada sua extrema bondade.