DIOCESE DE MOSSORÓ: UMA RETROSPECTIVA HISTÓRICA – Wilson Bezerra

da sabemos conscientemente, porque nos informa todos os acontecimentos com detalhes significativos.

Uma grande festa se deu no ano de 2004, sobre a Diocese de Mossoró, que completara ano nessa data, sob os aplausos dos fiéis, em cujas atividades, que foram várias, a população vibrou ante os fatos arrolados no momento diocesano.

Por isso o lançamento dos festejos a Santa Luzia, abertos em outubro de 2004, teve como tema: “LUZ PARA NOSSA VIDA, CORAGEM EM NOSSAS AÇÕES”. Sob esse tema a paróquia passara a trabalhar as comemorações religiosas em homenagem a santa padroeira da terra mossoroense, exatamente com um tema que chamou a atenção de todos.

A solenidade foi aberta pelo bispo Dom Mariano Manzana com uma missa celebrada pelo Monsenhor Américo Vespúcio Simonetti, cujo enfoque principal foi a retrospectiva sobre os 162 anos de desligamento da freguesia de Apody, por resolução 87 de 27 de outubro de 1842, que por sinal até aquele momento contava a paroquia com 14 vigários já passados por ela.

Por sinal já é do nosso conhecimento, apenas repetimos alguns aspectos sobre a paróquia de Santa Luzia, originada da construção de uma capela em 05 de agosto de 1772, pleno século XVIII, num terreno agrícola doado pelo Sargento Mor Antônio de Souza Machado para atender uma promessa de sua esposa, Rosa Fernandes, que doou o terreno, batalhou até construir a capela, inclusive lutou pela concessão da autorização episcopal pernambucana para assim o fazer.

Ademais, o esforço do capitão mor foi tão grande que investiu um total de 25$600,00, moeda da época, para transportar a santa de Portugal até Mossoró.

O transporte se deu através de navios, barcos, carro de bois quando por terra. Imaginem que sacrifício. Mas tudo foi realizado.

Logo após a inauguração da igreja ocorreram vários atos litúrgicos, em 25 de janeiro de 1773, segundo apontamentos do arquivo de Raibrito, o batizado de uma criança de nome Maria, filha de Miguel Soares de Lucena e Páscoa Maria da Encarnação, ato celebrado pelo padre José dos Santos da Costa. Logo em maio do mesmo ano de 1773 ocorreu o primeiro

sepultamento na capela, de um menino de 9 anos de idade, filho de Manoel Bezerra e Maria Madalena Teixeira.

Outros registros constam no início da capela, com um casamento, o primeiro no caso, celerado em 06 de outubro de 1778, com os nubentes Gregório da Rocha Marques Filho e Francisca Nunes de Jesus. Nesse ato serviram de testemunhas o português Coronel Regente Francisco Ferreira Souto e Antônio Afonso da Silva. A primeira testemunha era morador de Upanema e a segunda de Mossoró. O ato foi celerado pelo frei Antônio da Conceição, um dos Carmelitas primitivos na região.