Desaprovação a Bolsonaro cresce e chega a 64%, mostra pesquisa Ipsos

O deputado Jair Bolsonaro é desaprovado por quase dois terços (64%) dos brasileiros. No último mês, esse índice subiu quatro pontos percentuais e atingiu o maior patamar desde abril de 2015, quando o nome do deputado foi incluído pela primeira vez no levantamento realizado pela Ipsos. Ele é o sexto mais desaprovado no Barômetro Político Estadão-Ipsos que avaliou 19 nomes de destaque no cenário nacional. É também o quinto mais aprovado com 20% de avaliação positiva.

“O mau humor generalizado dos brasileiros em relação ao sistema e aos políticos continua forte. Ao término da Copa do Mundo as eleições deverão ganhar mais força na agenda nacional e poderemos ter um pouco mais de clareza sobre os rumos de cada potencial candidato”, avalia Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.

A desaprovação aos políticos permanece alta, com pouca variação. O presidente Michel Temer lidera o ranking com 93% de avaliação negativa, seguido por Fernando Collor (81%), Fernando Henrique Cardoso (78% – crescimento de 9 pontos percentuais em relação ao mês anterior), Geraldo Alckmin (70%) e empatados Ciro Gomes e João Dória (ambos com 65%).

Nenhum dos nomes é aprovado pela maioria dos entrevistados. Preso e sem saber se poderá se candidatar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a maior aprovação com 45%. No entanto, sua desaprovação oscilou de 52% para 54% – dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.

O segundo mais aprovado é Sérgio Moro, mas a avaliação positiva do juiz oscilou de 40% para 37% – no limite da margem de erro – e a negativa subiu de 50% para 55%. O terceiro mais aprovado é o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, com 30% de aprovação e 47% de desaprovação. Ele desistiu do pleito presidencial. Já a candidata Marina Silva é a quarta mais aprovada com 29% e tem uma taxa de avaliação negativa de 63%.

O Barômetro Político integra o estudo Pulso Brasil realizado mensalmente pela Ipsos. A pesquisa entrevistou presencialmente 1.200 pessoas em 72 cidades do Brasil entre 1º e 13 de junho. A margem de erro é de três pontos percentuais.