Brasil enfrenta desfalcada Bélgica por vaga na fase final da nova Davis

O Brasil enfrentará a Bélgica nesta sexta-feira e neste sábado na quadra de saibro montada no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia, no triângulo mineiro, e tentará se aproveitar das ausências na equipe adversária para se classificar para a fase final da Copa Davis de tênis, que estreia novo formato neste ano.

A partir desta temporada, a Davis será decidida em sede única, com 18 equipes. Em 2019, a decisão acontecerá na Caja Mágica, em Madri, do dia 18 ao dia 24 de novembro. Croácia, atual campeã, França, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido já estão garantidos, enquanto outros 22 times lutam pelas 11 vagas restantes.

Nesta fase inicial, haverá cinco partidas, todas elas em melhor de três sets. O programa começa na sexta-feira, com dois jogos de simples. As duplas abrirão as atividades no sábado e, se necessário, haverá mais um ou dois duelos no individual no mesmo dia.

Se depender do retrospecto recente na competição, a Bélgica leva vantagem em relação ao Brasil, já que vem de dois vice-campeonatos recentes, em 2015 e 2017, e no ano passado disputou as quartas de final. A equipe sul-americana, esteve no Grupo Mundial, a elite da Davis, apenas duas vezes nos últimos 15 anos e em ambas foi eliminado na primeira rodada.

Por outro lado, os dois melhores belgas do circuito na atualidade, David Goffin (21º do ranking) e Ruben Bemelmans (131º) não estão em Uberlândia. Com isso, o capitão Johan van Herck aposta em Kimmer Coppejans (195) e Arthur de Greef (202) para as partidas de simples e em Sander Gille e Joran Vliegen nas duplas, em cujo ranking eles aparecem em 79º e 81º lugares, respectivamente.

Já o Brasil, capitaneado por João Zwetsch, conta com seus principais tenistas. Thiago Monteiro (107), que no último domingo foi campeão do Challenger de Punta del Este (Uruguai), abrirá o confronto enfrentando De Greef. No jogo de fundo, Rogério Dutra Silva (139), que no dia 6 deste mês faturou o Challenger de Playford (Austrália), medirá forças com Coppejans.

O ponto forte do Brasil, no entanto, são os duplistas. Bruno Soares é quinto colocado do ranking e em 2019 já venceu o ATP 250 de Sydney ao lado do britânico Jamie Murray, enquanto Marcelo Melo vem em 12º e está recuperado da lesão nas costas que o manteve afastado das quadras neste começo de temporada.

“Sairá com a vitória quem tiver mais atitude em quadra. Sabemos que a Copa Davis é feita de jogos que, em grande parte, são decididos com atitude, garra e empenho. Estamos nos preparando para chegar à sexta-feira e ao sábado mentalmente focados. Todo mundo aqui tem experiência e sabe o que é uma Copa Davis”, comentou Zwetsch em comunicado do Comitê Olímpico Brasileiro.

Por sua vez, Marcelo Melo, que, assim como Bruno Soares, nasceu em Belo Horizonte, se disse empolgado por poder jogar em Minas Gerais. “É um pouco mais especial. Nós, mineiros, acolhemos as pessoas de fora muito bem e tenho certeza de que as pessoas que não são daqui vão se sentir acolhidas também”, declarou.

Pelo lado da Bélgica, o capitão da equipe jogou o favoritismo para a equipe anfitriã, mas prometeu esforço de seus comandados na luta pela classificação. “Acredito que o Brasil é favorito. Será um grande desafio, mas somos fortes e somos suficientemente experientes e vamos tentar sair daqui com a vitória”, disse Van Herck.

Agência EFE