As façanhas de Antônio do Café – Wilson Bezerra de Moura

Cada tempo tem sua história, antes da nova geração de agora, existiu Frasquinho do Café, ou melhor, dizendo o café de seu Francisquinho e ainda teve o Café do Vucuvu, inclusive ficava mesmo na Rua Santos Dumont, pertinho da Praça do Correio que  chegamos a conhecê-los.

No trajeto da história tudo pode acontecer de uma forma ou de outra, o certo é que a história fica feita. Prego batido e ponta virada se constituem um acontecimento que passa a ser parte de um momento politico e social de um tempo.

Eis que Mossoró sempre foi participe de principais momentos históricos e lá pelo ano de 1927, conviveu na cidade um cidadão conhecido por Antônio do Café, cujo nome civil era Antônio Francisco da Silva.

Homem de estatura mediana, bem conceituado no meio social durante aproximadamente meio século, segundo Lauro da Escóssia em seu Mossoró do Passado, ed.1981, O Mossoroense, esse cidadão sustentou o comercio de um modesto Café, servido à população logo cedinho, antes do sol aparecer, ao tempo que Mossoró antetempo começava o movimento dos habitués do Mercado Central para fazer a feira.

O café do popular Antônio do Café ficava na Rua Santos Dumont e num outro período funcionou numa casa onde Residiu o coronel Antônio Pompílio de Albuquerque na Rua João Pessoa, segundo nosso informante em local  que atualmente funciona o Banco do Nordeste.

De maneiras com essa mudança de endereço o Café se transformou num Restaurante, já com  acentuada movimentação, até com festas comemorativas de aniversário, assim se  a população Mossoroense que frequentava o espaço  de Antônio do Café, como continuou sendo chamado por todos.

O fato é que num dado momento levantou uma questão quem teria condições de comer de uma só vez cinco quilos de Paneladas de gado. Apareceu um cidadão de nome Teodomiro Nonato Cavalcante Filho, chamado na intimidade de Teodorinho, que em meio a muitas apostas se destinou a saborear os cinco quilos de Panelada, o que o fez para surpresa de todos.

Para surpresa da assistência o Teodorinho comeu não só os cinco quilos de paneladas mais os ingredientes, arroz, pirão, batata terminando com a sobremesa de seis latas de doce de goiaba como desafio às expectativas da assistência, por fim ainda bebendo dezoitos copos d’água que tinha numa quartinha no ambiente.

É bom entender que todos os fatos históricos até o exagero gastronômicos que de certo prejudica a saúde do individuo, mais é um fato que se passou e fica narrado na escala do tempo.