A festa continua, Jogos Paraolímpicos do Rio terá hoje cerimônia de abertura

Vai recomeçar a festa. Parte dos desafios vividos pelas 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil passam, a partir desta quarta (7), com o início dos Jogos Paraolímpicos do Rio, a terem como expoentes os 285 atletas da delegação nacional, que vão jogar não só pela meta do quinto lugar geral na competição, mas por mais visibilidade de seus feitos e reconhecimento de seus trabalhos dentro do país.

Após um ciclo de quatro anos com investimentos na casa de R$ 400 milhões, o Brasil participa da Paraolimpíada com a mistura de duas gerações: medalhões consagrados, como os nadadores Daniel Dias e André Brasil, que se juntam à força de novatos como Silvânia Costa, do atletismo, e Luiz Carlos Cardoso, da canoagem, ambos campeões mundiais.

“Não é só a nossa maior delegação da história, é também a mais bem preparada e a que tem gerado maior expectativa. Isso nos dá esperança de conseguir um excelente resultado”, afirma Andrew Parsons, presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro). Competidores brasileiros, considerados a elite de ouro do país, formada por cerca de 40 atletas, tiveram a chance de treinar fora do país. Também foram beneficiados com o apoio de um stafe de preparadores exclusivos e com o acesso a patrocínios privados inéditos até então para os paraolímpicos.

Ausência da Rússia não mudou planos do CPB no sentido de ficar entre os 05 melhores

Mesmo sem a participação da Rússia, um dos melhores países do paradesporto do mundo, suspensa da Paraolimpíada como punição a casos de doping, o CPB não reviu para cima o objetivo de ficar entre os cinco melhores, duas posições à frente de Londres-2012, onde os russos foram o segundo melhor país no quadro de medalhas.

“Infelizmente, não é automático que o ouro que seria dos russos passará para o Brasil e que, assim, será fácil o quarto lugar. Algumas medalhas deles até podemos ganhar, mas a divisão mas clara será entre os países que estão a nossa frente, como Inglaterra e Ucrânia e EUA, e também atrás, como a Alemanha”, afirma Parsons.

O atletismo e a natação, modalidades que começam as disputas já na quinta (8), devem garantir até 80% das premiações de ouro do Brasil, que para ter chances de ficar na quinta posição precisa conquistar ao menos 30 primeiros lugares. Nos esportes coletivos, a esperança do ouro vem do futebol de 5 e do goolball masculino, ambos jogados por atletas cegos, e do vôlei sentado, também masculino.